Este blog visa reunir textos e comentários dos alunos da disciplina Sociologia da Ciência e da Técnica, oferecida no segundo semestre de 2010 no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, sob a coordenação da Profª Tamara Benakouche. A disciplina tem como objetivo analisar a produção da ciência e a inovação tecnológica como elementos centrais para o entendimento da dinâmica social moderna. Nesse sentido, visará o estudo de questões teóricas - colocadas por autores clássicos e contemporâneos - e práticas, postas por processos sócio-políticos mais recentes. Adotando a perspectiva construtivista, procurará desenvolver uma crítica a análises que sustentam a natureza apolítica da pesquisa científica e o determinismo da técnica, resgatando a importância de novas formas de cidadania científica e das redes sociotécnicas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vídeos sobre o desastre da Challenger

Reportagem do Jornal Nacional


Pronunciamento do Presidente Ronald Reagan em rede nacional de televisão

Um comentário:

  1. Creio que o tratamento midiático do lançamento e da tragédia que se seguiu elevou a atenção da sociedade norte-americana para os detalhes técnicos do programa espacial e o efetivo cálculo de riscos a se considerar. Porém, justamenta por se tratar de um empreendimento de alto risco, o que atesta o enorme esforço de segurança para com o projeto, esse acidente e as suas circunstâncias, que envolviam, entre outras coisas, o desacordo técnico entre grupos de engenheiros responsáveis, não parece fugir da porcentagem elevada com que se deve considerar a possibilidade de uma falha. Não se trata de aceitar simplesmente a tragédia, mas de saber que ela pode acontecer. Apenas posteriormente ao acidente da Challenger, com as investigações, é que se compreendeu apenas um pouco melhor o processo decisório envolvido e sua importância. Parece que não por acaso um índice assim de aceitabilidade de risco assemelha-se àqueles que envolvem pesquisa militar, onde um eventual acidente com perda de vidas (de pilotos de testes de aeronaves, em função do uso munições experimentais, treinamento de operações especiais) passa a ser encarado como uma possibilidade real e relativamente aceitável. Evidentemente, a transmissão midiática em massa do acidente tecnológico pode alterar essa correlação de fatores. Dessa forma, o que se pode questionar, e isso depende de quem faz a pergunta, é se o empreendimento todo realmente vale o risco a se tomar - parece que no caso Challenger, estava valendo. O resultado foi que se percebeu que era preciso mais precisão e segurança! Outra coisa já bem diferente seria a questão do risco, por exemplo, na produção de alimentos, no transporte de cargas perigosas ou na produção de mercadorias não-biodegradáveis...

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